O rescaldo do Dia da Mulher
Pela primeira vez na minha existência, participei num ajuntamento feminino dedicado ao Dia da Mulher. Não é de todo a minha praia, sendo eu uma pessoa introvertida, com medo de multidões e pavor ao ruído excessivo. Fui levada para um Jantar do Dia da Mulher e em vez de lamentar a minha sorte, fui como observadora.
Aprendi algumas coisas nesta minha experiência:
1- A primeira reacção das outras mulheres quando entramos no restaurante, ou no espaço dedicado à degustação, é olharem as outras da cabeça aos pés;
2- Reside um clima hostil de muitos sorrisos amarelos e falsidade;
3- Com algumas excepções, têm todas ar de quem vai começar à estalada por qualquer insignificância;
4- Costumam dizer que as mulheres quando se produzem nunca é para os maridos/namorados/companheiros/amantes, mas sim para as outras mulheres com quem se possam eventualmente cruzar na rua. Estes jantares provam essa teoria;
5- Não sei porque é que ficam histéricas, como se nunca tivessem saído de casa;
6- Neste dia, e com algumas excepções também, ficam muito arrogantes a falar mal dos maridos/namorados/companheiros/amantes como se nunca mais na vida precisassem deles;
7- É a oportunidade que têm de apalpar os abdominais do stripper e fingirem-se incomodadas.
8- Outra coisa... porque é que há sempre strippers? (não me lembro de ser um dos pontos de luta das "suffragettes", no século XIX/XX)