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Livro de Reservas

Bem vindos! Sou apenas uma Turista cheia de bagagem, em viagem pela Vida, registando Reservas aqui e ali num Hotel chamado mundo.

Livro de Reservas

30.Jan.16

Deve ler este post antes dos 30 anos senão cai-lhe a unha do dedo grande do pé para sempre

Mi

(Se já passou dos 30 anos, não tem salvação).

 

É um título enorme, eu sei. Mas tem uma explicação filosófica. Ora pois bem, hoje vou discorrer sobre um assunto que me tem vindo a indignar... quer dizer, é uma mistura de indignação, reflexão e um crescente cepticismo.

Com a Internet temos acesso diário a milhares de informações entre notícias, artigos, e-mails, opiniões. Somos bombardeados todos os dias com uma enorme quantidade de informação que muitas vezes, fica difícil de processar (basta eu confessar aqui que ando desde Setembro de 2015 a tentar despachar 695 e-mails. Já estou, finalmente nos 38. Sim, estou a anotar!). E onde é que encaixa a minha indignação? Encaixa em artigos que simplesmente nos "mandam" fazer coisas e oferecem conselhos que ninguém pediu... e que inconscientemente nós assumimos, sob pena de nos sentirmos excluídos da sociedade ou acharmos que assim não somos "in". Uma coisa é escrevermos a nossa opinião; toda a gente é livre de escrever o que quiser (Graças a Deus!); outra coisa é arranjarmos espaço na nossa vida para cumprirmos tanta coisa, tanto pormenor, tanta lista! Do género: 1000 coisas que deve fazer antes de arranjar um namorado; 500 rotinas de depilação que deve ter para não lhe cair a pele; 8567 sítios que deve conhecer antes de fazer 30 anos; 348954 alimentos que deve comer para não engordar ... e por aí fora. Mas somos assim tão incompetentes? Há assim tantos padrões que temos de atingir? É isto que me indigna! É assim tão importante correspondermos a tantas expectativas? A tanta pressão? E se eu não viajar pelas capitais todas da Europa será que sou menos enquanto pessoa? Falhei em alguma coisa? Não nos mandem fazer coisas, sugiram apenas... sempre fica mais "tolerável".

 

O artigo que me veio inspirar escrever este post de "revolta" foi um que encontrei num site influente inglês, que dizia mais ou menos isto: "Não deve casar com o seu melhor amigo".Oi?! E se eu casar o que é que me acontece? Lá cliquei, por pura carolice e a explicação não era nada mais nada menos que uma experiência e opinião pessoal da pessoa que escreveu o artigo. Tudo bem, tem direito à sua escrita, mas escusa de viar praí com títulos a proibir o pessoal... é que dá realmente a sensação que se o fizermos somos uns "falsos", pois andámos a ler tanto conselho e não seguimos nada do que nos dizem. A explicação da pessoa é que não soube aceitar o seu esposo como ele era, esperando demais dele. Acho que a senhora precisa é de aprender a ser tolerante e a perceber que numa relação cada um dá o melhor de si próprio.

Agora, se eu quiser casar com o meu melhor amigo, caso. Até porque o meu Namorado é o meu melhor amigo, o meu companheiro e não imagino casar-me com outra pessoa. Se não for casar com a pessoa que me respeita, que me ama pelo que sou e não me tenta mudar, vou casar com quem. Ah, já sei... com o meu inimigo, segundo a "sugestão" do artigo que li. 

 

E outra coisa, tenho quase 30 anos e ainda não viajei pelo mundo todo... nem pelo país, quanto mais! Não é que me sinta pressionada, mas este tipo de artigos não é estranho? Temos de viajar, temos não sei quê, temos não sei quê mais...

 

E pronto. Foi este o post do disparate, de hoje.